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domingo, 31 de maio de 2015

Saiteihen no Otoko - Não seja parte da escória, jamais.


Esses dias estava pensando, eu queria muito escrever sobre os mangás que eu leio, mas em sua maioria, todos estão em andamento, então eu pensei em criar este espaço para falar sobre os mangás que eu estou lendo, mas que estão em andamento, espero que elas continuem com o nível de qualidade, mas se no futuro se tornar uma bomba, deixarei uma nota no rodapé de cada postagem, então sem mais delongas os apresento, Saiteihen no Otokon.
Saiteihen no Otokon é um mangá que começa demonstrando um garoto chamado Murai Masahiko, ele é um tipo de pessoa que não tem como você se identificar com ele, quiçá gostar dele, ele olha para as pessoas com desprezo, vê e adjetiva elas como escória, apesar da sua própria vida ser uma bela de uma porcaria, uma pessoa que é bullynada todo dia, não tem amigos, não é tão invisível como gostaria de ser mas se torna visível quando é conveniente. Mas sua vida muda, muda gradativamente para inferno quando ele reecontra sua amiga de infância chamada Haruka que, incumbe ele da tarefa de, encontrar para ela toda quarta-feira uma escória da sociedade que sua vida não faz a diferença para ninguém, e então, o que acontece com essa pessoa? Bem, você terá que ler para saber. 


O legal desse mangá é que ele inverte narrativamente o seu gênero para um mangá de mais mistério do que terror, o que antes era mais terror do que mistério, o que é uma mudança totalmente positiva porque muitos mangás tentam fazer essa inversão de gênero, mas falham, o mangá acaba perdendo sua identidade, a inversão de gêneros em Saiteihen é uma necessidade do roteiro e perspectiva do próprio personagem, o que demonstra de como esse mangá é bem escrito. O autor conseguiu criar uma mitologia para seu mundo, Haruka não é uma menina normal, quiçá humana, o seu mundo é regido por regras, as coisas que ela diz você pergunta a si mesmo : o que que ela quis dizer com isso? ou, por que que ela fez isso?, para ela é natural, para nós é novidade, suas regras são claras, mas você não sabe do porque essas regras existem, quem criou elas, ou a quem elas se aplicam no final das contas.


Este mangá fala da sociedade japonesa e até da americana com a cultura do perdedor, Murai é um personagem que cresceu com essa cultura, a questão da escória para ele está dentro da sua própria psiquê, eu não quero ir muito a fundo nesse assunto porque acabará em um spoiler. Essa questão da escória faz com que ele faça coisas inimagináveis para uma pessoa normal, as famílias não aceitam suas crianças como elas são e querem que elas mudem para o que a sociedade dita como um bom filho, um filho modelo, isso é Saiteihen no Otokon. 


Esta resenha foi escrita até a leitura do capítulo 13.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Freesia - Da decadência à loucura



"Perspectiva para o futuro"

Antes de mais nada eu tenho que dizer, Freesia foi um verdadeiro achado para mim, sabe quando você esta na livraria e vê uma capa que é no minimo, intrigante, e você fala: vou pegar esse, vai que é bom, e foi exatamente o que me aconteceu quando me deparei com Freesia.


O mundo de Freesia se passa em um Japão em guerra contra um inimigo desconhecido e, para aumentar os seus esforços de guerra fora do país mas para manter a ordem dentro do próprio, se passou uma lei onde agências seriam responsáveis em fazer justiça nos seus reforços, que nada mais são que grandes pique-pega onde se o oficial te pegar, você basicamente morre, mas se você conseguir sobreviver até o fim do reforço, você está a salvo e assim, absorvido pela justiça. É claro, existem regras nesse pique-pega do inferno, cada um tem direito a uma arma de pequeno porte e apenas um cartucho de munição, e as pessoas envolvidas não podem sair da área designada para aquela brincadeira, se é que podemos chamar-lo assim.

Nós acompanhamos a jornada de Kano, um recém contratado de uma agência de reforços, mas sua contratante sempre o perturba por ela ter feito parte de um evento de seu passado que diga-se de passagem, é bastante perturbador. O interessante de Kano é que ele é a encarnação da inocência, mas a sua inocência e da inocência primal do ser humano, como se fosse um recém-nascido no mundo que não entende sarcasmo e nem sequer brincadeiras, se ele falar que fará algo, ele fará, se você pedir para ele fazer algo ele fará com o máximo de eficiência, o que pode deixar uma impressão de personagem genérico e talvez até, clichê, mas o autor soube aproveitar isso e conseguiu reverter esse estigma e tornou o personagem extremamente humano, um puro entre os pecadores.


O sentimento de decadência das pessoas é um dos principais assuntos de Freesia, você sente o desgosto, a depressão daquele mundo, as circunstâncias tornam as pessoas e vice-versa, as pessoas procuram sua infelicidade e querem compartilha-las, a justiça é suja, o reflexo das pessoas naquele mundo, Kano não as entende assim como nós, mas ele aceita, porque é assim que o mundo é, é assim que a humanidade faz questão de ser. Tenho que dizer também que a falta de normalidade de Kano não se deve somente a sua inocência, mas também ao seu psicológico, o reflexo de suas personalidades e até sua visão de mundo são as suas alucinações, as alucinações são o espelho da sua mente, o que se passa em sua mente sempre será um instrumento de reflexão.
Freesia é um mangá que te faz não apenas pensar e refletir, ele te entretém melancolicamente, não me levem a mal, as cenas de ação são intensas e extremamente bem feitas graças a sua bela arte, mas o verdadeiro significado de Freesia está muito além de uma bela cena de ação ou o horror da capacidade humana, Freesia é inocencia, Freesia é amizade, Freesia é nosso desejo pelo futuro.